sábado, 20 de fevereiro de 2010

Temporada de caça

Tem gente que se acha esperta demais, digna demais. Mas nem é.
Sabe aquela história de que as pessoas mudam e esquecem de avisar os outros? É bem assim. Num dia diz que vai estar sempre ao seu lado, no outro está com seu bando de hienas rindo as suas costas e custas, no seguinte vem perguntar por que você anda sumida e no próximo volta correndo pra alcatéia.
Deixa estar... é de gente assim que não preciso no meu mundo.
Declaro aberta a temporada de caça às hienas em Wonderland.





Dissimulação: s.f. A ação de dissimular. / Caráter de pessoa que dissimula. / Fingimento, disfarce.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Derrière le personnage

ESTE TEXTO NADA TEM A VER COM DOROTHY.
De um modo geral, não costumo reclamar da vida, não fico por aí dizendo que ela é injusta, amarga e blablabla.
Tenho uma boa família, que soube me impor limites, transmitir valores e nunca me deixou faltar nada.
Tive que dar a cara à tapa e aprender sozinha a enfrentar o mundo, fosse me arriscando ou observando as experiências alheias... desde os estudos, quando criança, até meu primeiro emprego aos 17 ou hoje aos 20. Sempre preferi fazer as coisas ao meu modo e sem ajuda; tenho de confessar que essa não é a melhor decisão, todos passamos por momentos onde precisamos da opinião de quem vê a situação de fora, de uma mão para nos guiar ou amparar quando estamos prestes a cair.
Talvez não tenha o melhor emprego ou salário do mundo, mas, por hora, me sinto feliz e satisfeita com o que faço.
Tenho centenas de conhecidos e poucos amigos. Poucos e bons! Os que estão em Curitiba ou Americana, Blumenau ou Vitória, talvez no Mato Grosso ou nos cafundós da Bahia, estes conseguem me trazer a alegria necessária pra fazer meus dias melhores, me arrancam sorrisos com um abraço, um beijo na testa, uma carta inesperada, uma ligação no aniversário ou uma madrugada de caretas via webcam.
Não bebo, detesto cigarros e nunca provei nenhuma droga ilícita.
A essa altura vocês podem pensar: "oh, que clichê! A garota certinha que procura o lado bom de todas as coisas". Não é bem assim! Não a parte do certinha e tal. Quanto a procurar o lado bom das coisas... é, pode ser que seja isso, eu procuro o lado bom de quase tudo.
Quase. Em meio a essa pseudo-tranquilidade se esconde uma agonia grande, que de pouco em pouco tempo vem me assolar. Acordo em meio a noite e sinto falta de um abraço ao meu redor. Ou naquelas duas ou três tardes de outono que sentei em um parque qualquer e vi sozinha as folhas caindo. Alguns podem julgar isso pequeno, porém é o que mais me aflige, o que mais me incomoda e desespera. Procuro um amor.