quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

20 de outubro de 2009



É tarde de terça-feira, estou sentada no sofá da sala com meu exemplar de “1984” e cada gota de chuva na vidraça traz à memória o cheiro de grama molhada no quintal da minha avó nas tardes de primavera, 15 anos atrás.
Lembro-me do êxtase espelhado em meus olhos ao ver sol e arco-íris dividindo o céu ao fim da chuva.
Perco o fio do pensamento ao lembrar de nós.
Você costumava ser meu pedacinho de sol, que após uma tempestade desconcertante surgiu e deu forças para me reerguer.
Repentinamente, sem que eu notasse, se escondeu atrás de uma nuvem escura se unindo a este novo temporal, espalhando tudo que havia sido restaurado e deixando uma devastação ainda maior.
Me desesperei e pensei que tudo estava perdido; até que encontrei minha antiga ansiedade ao lembrar que, assim como no fim das chuvas no quintal de minha avó, um novo arco-íris surgirá.

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